quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Inimigos x Concorrentes desleais

E nessa vida de passar de uma a duas horas presa no trânsito, continuo com a minha mania de pensar, pensar, pensar. Pode ser que o que eu penso não seja nada novo, que alguém já tenha pensado, ou inclusive que já saiba.

Hoje no carro vim pensando nos inimigos e me peguei analisando uma situação que estou vivendo atualmente. A conclusão que cheguei – sempre tento concluir antes de chegar ao ponto de escrever – é que é ótimo ter inimigos.

Inimigo é aquela figura que põe fogo na tua vida, como um amor, uma paixão. É mais uma roda no teu carrinho, que te faz ir para frente ou para trás, enfim, que te traz movimento. Um inimigo te inspira, te faz batalhar, te faz lutar, te faz observar o resto do mundo. Te faz aprender. É aquele que supostamente é mais inteligente, mais forte e mais esperto que você, e que por alguma razão, você acredita que pode vencê-lo e pode mesmo, algumas vezes.

Eu abordei em meus pensamentos também a seguinte pergunta: e aquela figura que não te traz nada, que não te inspira nada, nem defesa nem ataque, que nada ao seu redor não anda também, que mente pelas suas costas, que se auto-promove às custas dos outros, que não é claro e nem escuro, que sempre fica em cima do muro...??

Concluí que esse cara é o concorrente desleal: que não te dá alternativas para agir, por não te inspirar; que não te dá alternativas para reagir, por não se posicionar; e que toma o seu lugar, muitas vezes, somente pela sorte e nunca por esse fator associado às inteligentes qualidades.

Voltando ao carrinho da vida, com suas diversas peças imprescindíveis e prescindíveis, faço a analogia que o concorrente desleal é aquele porta treco que você quase nunca usa, mas que está lá, e que qualquer hora você usa para qualquer coisa: seja para jogar umas moedas, seja para jogar lixo. Ou seja, independente daquilo o carro anda, porém, uma hora você interage com aquele mecanismo.

Eu prefiro ter mil inimigos a meio concorrente desleal. Mas eu vou saber lidar com isso. Ah se vou...

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Campos de Altitude

E finalmente uma resolução em discussão no Conama que sinaliza o primeiro passo para proteção dos Campos de Altitude definindo os seus estágios sucessionais. Pelo menos aqueles situados na Mata Atlântica, por enquanto.
Tem setores da economia que estão dando xiliques e eu, representando um desses setores, também estou quebrando a cabeça para tentar conciliar o inconciliável: a atividade econômica e a conservação da biodiversidade, tão endêmica desse nosso planeta.

Vivo esse dilema todos os dias da minha vida: como determinar que um campo de altitude que esteja em seu estágio inicial é menos ou mais importante que um que esteja em seu estágio secundário ou avançado? Ou que um é mais fácil de, em caso de intervenção, recuperar ou restaurar que o outro?

Esse é meu dilema: como pessoa acredito que nenhum ser vivo é mais ou menos que outro, estamos aqui para o mesmo fim, e presos à nossa existência e ao nosso egoísmo genético que é a sobrevivência da espécie. Como profissional, não posso pensar assim, tenho que pensar em relevância, em possibilidades de recuperação de biomas, fisionomias, fauna, ciclo hidrológico etc. E também, tenho que pensar no meu salário e no reconhecimento da minha profissão.

Voltando aos Campos de Altitude, qual o consenso que teremos? Onde vamos parar em termos de legislação de proteção aos diversos ambientes primordiais não somente à sobrevivência de algumas espécies, mas essenciais a nossa sobrevivência? Seja sobrevivência no sentido de fornecer água, solo e alimento, seja no sentido de fornecer conhecimento sobre nosso Planeta e suas bilhares e trilhares de relações mútuas e quem sabe com isso, entender a razão da nossa existência.

Questão complicada né? Só Deus mesmo para nos explicar.

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Amigas???

E tem aquelas amigas que arrumam um macho e desaparecem: ficam colocando coisinhas no Orkut, no MSN em tudo quanto é canal de notícia pessoal gratuito que está com o amoreco, que não consegue ficar sem o amoreco, que o amoreco é lindo, que o amoreco é aquilo e simplesmente DESAPARECEM das supostas amigas solteiras, largadas e infelizes na vida.

O que eu acho mais interessante é que quando tomam ou dão um pé na bunda do amoreco mais perfeito do mundo, pois ninguém suporta esse grude por muito tempo, vêm correndo atrás das infelizes solteiras que na verdade cagam e andam para essa dependência pelo sexo masculino que muita mulher tem.

Fora aquelas que cismam que tão precisando namorar e só saem pras baladas para caçar macho. Que normalmente são as piores baladas, com as piores músicas e os preços mais caros. E outro detalhe: empesteado por piriguetes com os peitos cheios de silicone e as cinturas finas de lipo com o mesmo intuito.

Preciso fazer uma releitura das minhas amizades. Ou supostas...

sábado, 10 de outubro de 2009

Amei essa imagem. Veio da Rê.

Xol!
(saudade do tempo q para postar uma imagem era preciso mexer no html do blog...)

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Das coisas que penso...

... eu penso em muitas coisas. Mais do que eu deveria pensar. Às vezes penso tanto que esqueço o que estava pensando e penso sobre o quanto esqueço as coisas que penso.
Agora por exemplo, estou pensando em como será minha velhice e vou registrar o pensamento por meio desse post.
Eu fico vendo a geração dos meus pais que estão envelhecendo e certamente viverão mais que meus avôs. Para eles já vai ser dureza, pois nós somos uma geração bem mais acelerada, mais ou menos perdida e sequer pensamos em como cuidar deles no futuro. Até aí tudo bem. Vamos ter a dificuldade de lidar com uma geração que cresceu nos anos 70 e 80, entre uma ditadura militar e uma explosão de tecnologia que sequer acredito que eles tenham acompanhado. Vamos ter também que lidar com uma geração mais nova, que nasceu nos anos 90 e que não tem um pingo de paciência para entender a base de todas as coisas.
Nesse ponto eu me preocupo um pouco: e como será que essa geração anos 90 cuidará de nós, velhinhos, que nascemos nos anos 70??
Como será nosso futuro velhos? Será que eles nos ajudarão a subir a escada, atravessar a rua, a ler algo que não consiguiremos enxergar, a entender o que falamos ou escrevemos, que língua eles estarão falando?
Comunicação... isso será uma coisa muito doida. A gente dos anos 70 estaremos nos nossos românticos blogs, escrevendo sobre a vida, enquanto eles estarão se comunicando por meio de uh uh uh como os macacos. E o pior, eles se entenderão entre si e nós não.
Atenção! Quem dará atenção a velhinhos que falarão sobre Ayrton Senna, sobre o Lula, sobre o desmatamento da Amazônia que não pudemos conter, sobre o desaparecimento do cerrado que não pudemos conter, sobre máquina de datilografar e discos de vinil?? Nesse ponto, até cd e dvd já serão coisas de um passado bem distante a eles.
Agora, falando mais de mim e não do mundo que me cercará, acredito que viverei muito, se nenhum percalço dessa vida maluca me assolar. Se correr tudo bem, acredito que viverei uns 100 anos, mais ou menos. Creio que todo ser humano pensa dessa forma, afinla quem quer morrer? Vou ter umas doenças, mas nada grave, coisas de velho provavelmente. Quero ficar um pouco caduca também, pois pirar faz parte da vida.
Minha cabeça se tornará branca quando eu tiver uns 45 anos, e eu serei uma eterna mignonzinha, chegando aos 100 anos quase desaparecendo de tão nanica. Nadarei até os dias da minha morte, e darei uma aula de juventude a qualquer pessoa, pois a cada dia que passa me sinto mais jovem por dentro, apesar do corpo não acompanhar esse estado mental. Eu terei rugas profundas no rosto, inclusive o bigode chinês que já cultivo.
Quero ser avó e tia, e vou causar muito com meus netos e meus sobrinhos. Aqueles da geração anos 2020.
A princípio fiquei com medo de envelhecer. Mas pensando bem, vai ser uma jornada muito interessante e eu faço questão de acompanhar como será o futuro.
E aos meus pais, cuidarei deles até o fim. O que farão por mim, só o futuro mesmo...

sábado, 1 de agosto de 2009

Garoto de Aluguel

Ele tinha acabado de sair de uma relação longa com filho. Rapaz novo de 22 anos, com uma mentalidade incrível e um corpo descrito no poema do Vinícius propício para se viver um grande amor. Não tinha muito dinheiro, e as contas eram todas rachadas, não no meio certinho, mas e daí, o amor é mais importante.

Naquele dia saíram, e o clima não foi muito bom, sabe-se lá por conta de qual conjunção ou oposição entre Júpiter e Vênus em trânsito em Gêmeos... e no meio da discussão da relação quando ela disse “você deveria dar um tempo”, a tal conjunção ou oposição somada aos 22 aninhos respondeu: “dar um tempo da relação? Você acha que é a única pessoa que estou ficando?”

Ela dignamente o conduziu até a sua casa, quando ele disse: “desculpe-me, depois eu te pago o restante da conta” e ela “não precisa”. Despejou-o e saiu mais uma vez, dignamente: “baby, dê-me seu dinheiro que eu quero viver...”

Nunca mais sequer olhou nos olhos daquele que parecia ser um Deus Grego.

quinta-feira, 16 de julho de 2009

Adoro canjica quentinha – mesmo que requentada – como um lanchinho...
Aliás, adoro junho e julho para comer canjica quentinha.
As pequenas coisas...

domingo, 5 de julho de 2009

Banheiro de Balada

E toda vez que vou ao banheiro feminino em balada é a mesma coisa: o caos na Terra! Xixi e papel higiênico espalhado por todos os cantos, isso sem falar em outros fluídos e sólidos corpóreos também, mas isso fugiria ao tema...
Enfim, o ponto que quero chegar é: pra que mijar em pé?? Santo Cristo! Não seria possível sentar no vaso – que por sinal, sempre está com a tampa abaixada – e fazer o xixizinho básico de cada 5 brejas?? Não, a mulherada tem que mijar em pé, pisar no vaso ou fazer qualquer outra estripulia, quando o vaso está aceitável, tornando-o encharcado de xixi.
É frescura demais para a minha cabeça. Meu irmão teve uma namorada que sequer mijava no banheiro da minha casa pois “não conseguia de jeito nenhum”... tenha dó!
Desejo a esta mulherada fresca, que deixam o banheiro das baladas intransitáveis, logo, além de frescas são porcas também, que levem a lição dos 2 anos de idade para a noite: mijem sentadinhas no vaso, que o xixi vai para o lugar certo, a tampa não vai ficar molhada, e ninguém vai pegar doença venérea ou DST só porque a tampa ta “quentinha” da outra que sentou. Para isso tem que fazer sexo sem camisinha com vários parceiros, ou ter o azar de pegar com um parceiro só, mas sempre depois de algum contato bem mais íntimo que o da perna e dos glúteos na tampa da privada.
É isso, noites de domingo me dão insônia!

domingo, 19 de abril de 2009

E eis-me aqui mais uma vez, escrevendo...
Não ando tendo muito tempo, ou paciência, ou hábito, ou tempo para escrever apesar de gostar bastante.
E passados alguns meses após o último post, onde várias coisas aconteceram tais como aprofundamento da crise, inspeção veicular para carros novos, terremoto na Itália, seca em Santa Catarina, inundações no norte, bolsa voltando a subir, preços dos metais voltando a subir, o que tenho a dizer é: para mim quase nada mudou. Continuo a mesma de sempre: um ser triste, sem graça, olhando para os lados e vendo um mundo sem nexo.
Será que estou enlouquecendo? Não ver diferença entre as pessoas e não sentir interesse por nenhuma delas é normal? Ou simplesmente estou me desumanizando ao perder a necessidade de ter qualquer vínculo com outro ser humano, em função de achar que aquele ser humano em nada vai me acrescentar, ou tirar??
Confusa? Totalmente, talvez seja efeito dos hormônios que atuam na faixa dos 30. Se é que eles existem.