E finalmente uma resolução em discussão no Conama que sinaliza o primeiro passo para proteção dos Campos de Altitude definindo os seus estágios sucessionais. Pelo menos aqueles situados na Mata Atlântica, por enquanto.
Tem setores da economia que estão dando xiliques e eu, representando um desses setores, também estou quebrando a cabeça para tentar conciliar o inconciliável: a atividade econômica e a conservação da biodiversidade, tão endêmica desse nosso planeta.
Vivo esse dilema todos os dias da minha vida: como determinar que um campo de altitude que esteja em seu estágio inicial é menos ou mais importante que um que esteja em seu estágio secundário ou avançado? Ou que um é mais fácil de, em caso de intervenção, recuperar ou restaurar que o outro?
Esse é meu dilema: como pessoa acredito que nenhum ser vivo é mais ou menos que outro, estamos aqui para o mesmo fim, e presos à nossa existência e ao nosso egoísmo genético que é a sobrevivência da espécie. Como profissional, não posso pensar assim, tenho que pensar em relevância, em possibilidades de recuperação de biomas, fisionomias, fauna, ciclo hidrológico etc. E também, tenho que pensar no meu salário e no reconhecimento da minha profissão.
Voltando aos Campos de Altitude, qual o consenso que teremos? Onde vamos parar em termos de legislação de proteção aos diversos ambientes primordiais não somente à sobrevivência de algumas espécies, mas essenciais a nossa sobrevivência? Seja sobrevivência no sentido de fornecer água, solo e alimento, seja no sentido de fornecer conhecimento sobre nosso Planeta e suas bilhares e trilhares de relações mútuas e quem sabe com isso, entender a razão da nossa existência.
Questão complicada né? Só Deus mesmo para nos explicar.
terça-feira, 17 de novembro de 2009
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário